top of page

Há um vazio que sinto no peito

  • Foto do escritor: Mariana Bernardes
    Mariana Bernardes
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

Há um tipo de solidão que não se resolve com companhia. Ela persiste mesmo nas trocas, mesmo que genuínas e honestas. Uma sensação de que algo falta — embora, aparentemente, tudo esteja ali. E, ao mesmo tempo, há quem experimente a ausência de outras pessoas, ou mesmo de atividades, hábitos ou práticas, como um vácuo: o silêncio se torna ensurdecedor, o tempo se arrasta, e estar consigo torna-se insuportável.



Cerâmica e vidro.
Cerâmica e vidro.

A relação com o Outro

Na psicanálise compreendemos que não é a simples presença ou ausência do outro que determina o sofrimento, mas os modos como nos constituímos nas relações. Esse outro é, desde o início da vida, um espelho em que nos reconhecemos, mas também um enigma. Desejamos ser amados, compreendidos, incluídos — e, muitas vezes, moldamos nosso modo de ser para caber nesse desejo alheio, sem perceber que algo de nós se perde nessa tentativa.


É comum que pessoas que sentem dificuldade em criar vínculos carreguem marcas de histórias onde suas tentativas de aproximação foram frustradas, ignoradas ou distorcidas. O medo do julgamento, da rejeição, ou até mesmo de não saber como se posicionar podem trazer sofrimento, retração e sentimento de inadequação, que acabam por adormecer formas autênticas de ser e a uma busca incessante por pertencimento — que nunca se realiza completamente.




O vazio como estrutura.
O vazio como estrutura.

A falta como imprescindível

Por outro lado, a dificuldade em estar só também revela algo importante: há um mal-estar que não encontra nome, um vazio que insiste, e que, por vezes, tentamos preenchê-lo a qualquer custo. Mas o vazio, na psicanálise, não é uma falha. Ele é estrutural. É o que nos move, o que nos faz desejar, o que nos torna humanos.


A terapia oferece um espaço único para escutar o que se repete em silêncio, para colocar em palavras o que se sente sem saber ao certo por quê. Não é um lugar de respostas prontas, mas de construção de um saber sobre si — singular, delicado, artesanal.






Se você sente que a solidão tem falado mais alto, e que os encontros — consigo e com os outros — têm sido difíceis, convido você a iniciar esse processo comigo.



A escuta psicanalítica pode ser o início de um caminho possível: não para apagar o vazio, mas para habitá-lo com mais honestidade e menos angústia.


IMG_8358.JPG

Olá, que bom ver você por aqui!

Interessou-se pela temática?

Diga-me como isso te toca

Sobre a autora

Olá! Meu nome é Mariana e sou psicóloga clínica. Trabalho a partir da abordagem psicanalítica e considero a arte e a cultura como grande aliados do trabalho terapêutico. 

IMG_8298.JPG
bottom of page